A Natureza tem sido fonte de recursos medicinais por milhares de anos e um grande número de compostos medicinais têm sido retirados das plantas. As plantas produzem uma variedade de moléculas bioactivas sendo assim uma fonte importante na cura, as plantas superiores continuam a ser utilizadas na manutenção da saúde na maioria das comunidades, mesmo com o advento da moderna medicina.
Farombi, 2003

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Pesquisa realizada nas sessões 39 e 40

Observações pessoais: Neste post encontra-se o que eu estive a pesquisar nas sessões 39 e 40. O que pesquisei nesta sessão foi a partir de livros da biblioteca municipal. Esta pesquisa fala um pouco do que é a medicina alternativa, ou muitas vezes chamada, de medicina tradicional chinesa ou MTC, nomeadamente no ramo da homeopatia, fitoterapia e acupunctura, e como estas se podem relacionar umas com as outras.               

                 A fitoterapia

                A fitoterapia utiliza as plantas medicinais para curar, até mesmo prevenir as doenças. Esta disciplina existe desde a noite dos tempos: foi desta maneira que os primeiros homens se tratavam.
                A fitoterapia utiliza posologias clássicas, “alopáticas”, que se exprimem em gramas, em centigramas ou em miligramas. Estes medicamentos são tomados principalmente sob a forma de cápsulas, tisanas, suspensões, extractos ou intractos, tinturas-mães.
                Assim, se consumir, com estas doses, a cavalinha, a sílica, a passiflora ou a valeriana, está a utilizar a fitoterapia.
                Duas especialidades que correspondem a maneiras especiais de tratar através das plantas resultam daí:
                - A aromaterapia é o tratamento as doenças através de aromas vegetais, e mais precisamente através de óleos essenciais. A essência das plantas é obtida, entre outros, através da destilação a vapor. A manipulação dos óleos essenciais é delicada e requer utilizadores experientes, porque, entre mãos incompetentes, os riscos de toxicidade são grandes, principalmente na criança pequena. O eucalipto e a lavanda ou o alecrim em óleos essenciais são vulgarmente utilizados nas infecções pulmonares.
                - A gemoterapia utiliza as macerações glicerinadas que resultam da acção dissolvente de uma mistura de glicerina e álcool sobre tecidos vegetais muito jovens, em pleno crescimento.


                A fitoterapia constitui para muitos médicos homeopatas um complemento terapêutico interessante. 

                Qual é a diferença com a homeopatia?

                A homeopatia faz apelo não só ao reino vegetal, como também ao animal e mineral. Recorre a medicamentos diluídos e dinamizados, ou seja, “abanados” no momento da sua preparação.
                Por outro lado, estes medicamentos estão disponíveis sob a forma que lhes é própria, os grânulos ou os glóbulos.
                Finalmente, a homeopatia, devido às doses utilizadas, não tem a toxicidade que podem ter algumas plantas.


                A acupunctura

                A acupunctura não utiliza medicamentos, mas agulhas. Aqueles que conhecem esta terapia vão ficar surpreendidos por a compararmos com a homeopatia. De facto, a grande confusão são que surgem no espírito das pessoas não advertidas e a experiência que possuímos obriga-nos a fazer algumas previsões sobre este assunto.
                A acupunctura faz parte da medicina tradicional chinesa (MTC).
                A acupunctura (Zhenjiu em chinês) utiliza agulhas de metal que são espetadas em sítios precisos da pele, e moxas (pauzinhos de artemísia) que queimamos e que completam a sua acção.

                Quais são os princípios da acupunctura?

                A lógica do raciocínio é-nos familiar, visto que nos apercebemos de que se baseava num sistema binários (o zero e o um), o antepassado dos nossos computadores, o yin e o yang que estão na origem da reflexão. São complementares e opostos: o yin representa o princípio feminino, a lua, a noite, a noção da vacuidade, a matéria; o yang, o princípio masculino, o sol, a noção de plenitude, a energia.
                Sobre estes dois conceitos está também baseada a doença: falamos de excesso ou de insuficiência de yin e de yang, de matéria ou de energia, de um órgão ou de uma função.
                Corrigimos estas perturbações utilizando a lei dos cinco elementos: o Fogo gera a Terra e domina o Metal, a Terra gera o Metal e domina a Água, o Metal gera a Água e domina a Madeira, a Água gera a Madeira e domina o Fogo, a Madeira gera o Fogo e domina a Terra.
                A cada elemento estão ligados meridianos que percorrem a pele e que podemos imaginar como uma rede eléctrica que atravessa o corpo. O acupunctador seria o electricista que repararia os curto-circuitos. As suas ferramentas, as agulhas e as moxas, serviriam para corrigir o excesso ou insuficiência de energia verificados, “tonificando” ou “dispersando” os meridianos. Este últimos estão ligados a uma função ou a um órgão. Os pontos de acupunctura são zonas de entrada favoráveis no circuito dos meridianos. De facto, verificámos, ao nível da pele, que apenas estes sítios apresentavam uma diferença de potencial (um pequena corrente eléctrica). O meridiano que conhece provavelmente é o do coração, redescoberto pelos cardiologistas. Deste modo, durante um enfarte ou uma angina de peito, a dor cardíaca propaga-se até à face interna do braço e continua no dedo mindinho, seguindo assim o trajecto exacto descrito pelos chineses nas doenças do meridiano do coração há mais de três mil anos.
                Apesar de esta medicina ser bem diferente da homeopatia, alguns tentaram estabelecer relações entre pontos de acupunctura e medicamentos homeopáticos: chamamos-lhes os “pontos de Weihe”.

                Por que razão alguns médicos associam nos seus tratamentos a homeopatia e a acupunctura?

                A acupunctura também desenvolveu uma noção de terrenos (diferente da noção de terrenos da homeopatia) que alguns tentaram aproximar da homeopatia. Isto compreende-se, porque a priori estas duas terapêuticas são energéticas, e portanto respondem provavelmente a mecanismos físicos principalmente. É uma das razões pela qual muitos médicos homeopatas associam a acupunctura à sua actividade terapêutica. Para além disso, estas duas terapêuticas completam-se bem e criam, na prática médica, uma sinergia.


CHEMOUNY, Dr. Bernard, O livro da Homeopatia - Biblioteca do Bem-estar e da Saúde, Edições CETOP, s.l., 2001

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