A Natureza tem sido fonte de recursos medicinais por milhares de anos e um grande número de compostos medicinais têm sido retirados das plantas. As plantas produzem uma variedade de moléculas bioactivas sendo assim uma fonte importante na cura, as plantas superiores continuam a ser utilizadas na manutenção da saúde na maioria das comunidades, mesmo com o advento da moderna medicina.
Farombi, 2003

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Acupunctura (Pesquisa realizada nas sessões 41 e 42)

Observações pessoais: Neste post está só a "falar" a cerca da acupunctura, a área da MTC mais conhecida. É uma área da MTC em que se utiliza agulhas, onde são espetadas em pontos certo do corpo, que conseguem fazer com que o nosso corpo volte a estar em equilíbrio com o Mundo e com a Natureza. É uma área muito interessante das medicinas alternativas, que ralaciona uma simples ligação de oposição (yin yang) com o bem-estar do nosso corpo e o equilíbrio deste com o Mundo.

A acupunctura é um dos métodos de tratamentos mais usados pela MTC, mas pode ser substituída pela moxabustão, uma arte semelhante, na qual os pontos acupuncturais são estimulados ou sedados, pela ponta acesa de “charutos” de artemísia seca, ou pela digitopunctura, técnica que consiste na pressão dos dedos sobre os pontos dos meridianos a tratar.
A aplicação das pequenas agulhas leva à criação e libertação de endorfinas, substâncias neuro-transmissoras que afectam o funcionamento nervoso e hormonal e, consequentemente, todo o organismo.
Até há bem pouco tempo, no Ocidente, só recorria a este tipo de tratamentos quem queria emagrecer ou deixar de fumar. O “exotismo” da prática não parecia corresponder ao rigor exigido pela medicina clássica, mas os resultados alcançados por quem queria tratar problemas menos graves levaram-nos, muita vezes, a experimentar o tratamento com agulhas para tentar curar doenças mais complexas, quase sempre, com resultados bastante satisfatórios.
Apesar de cepticismo, com a evoluir dos tempos e do conhecimento, são cada vez mais numerosos os médicos de medicina ocidental que recomendam esta terapia como complemento dos seus tratamentos, já que, desde que devidamente harmonizados, os dois métodos, quando usados em simultâneo, parecem resultar com uma maior eficácia.
Contudo, há que ter muito cuidado ao escolher o acupuncturista a quem recorre, de modo não correr o risco de cair nas mãos de alguém menos habilitado. Desde que bem aplicada, esta terapia não implica quaisquer efeitos nefastos para a saúde; porém, quando não é bem utilizada, também não tem quaisquer benefícios.

O termo designa o acto de inserir agulhas filiformes, esterilizadas, descartáveis e de aço inoxidável, muito finas, na superfície corporal, estimulando pontos específicos à superfície da pele, chamados pontos de acupunctura ou acupontos, que são responsáveis por equilibrar a circulação de energia no organismo.




A terapêutica faz parte integrante da MTC e tem tido muito sucesso no tratamento de depressão. Regra geral, as sessões são semanais e a inserção das agulhas é indolor (pode apenas causar ligeiras sensações de formigueiro). O estímulo dos acupontos não só equilibra o estado mental dos pacientes, como também actua directamente nos órgãos ou sistemas atingidos. Logo, a depressão nunca é tratada como um conjunto de sintomas isolados, antes enquanto sinal de desarmonia energética.
Outra vertente do tratamento com acupunctura é o uso de agulhas semipermanentes, dependendo do caso. Por exemplo, pode ser usada uma agulha especial, que não se retira no fim de uma tratamento de 20 e 30 minutos, permanecendo no local por algumas semanas, o que pode ser grande mais-valia. É mais pequena do que as usadas normalmente, aplica-se na orelha, fica coberta por um penso e serve para estimular a força de vontade e a auto-estima. Com esse ponto assim incentivado a trabalhar, ganha-se outra arma de ataque à depressão. Este ponto pode ser estimulado com a agulha, pressionando-a sempre que necessário ou manejando-a com um íman.
São elas a acupunctura, a fitoterapia, a massagem e ginástica energéticas (a primeira, denominada tui na, consiste na massagem dos meridianos onde circula a energia, os mesmos que são utilizados para a acupunctura; a segunda, chamada tai chi chuan/chi kung, consiste em exercícios calmos e repetitivos para obter harmonização das energias física e mental), a dietética energética (que difere considerável dos princípios da nutrição europeia), e a moxabustão (aquecimento de pontos utilizados na acupunctura, com uma charuto feito de uma planta medicinal chinesa).


Chi, A energia vital
Para a MTC, a força da vida é o chi, que percorre os 12 meridianos principais (canais onde se encontram os pontos de acupunctura) do corpo. Trata-se da base da harmonia e da saúde, quando o seu fluxo é desobstruído e equilibrado. No entanto, quando a energia fica estagnada, bloqueada ou fraca, pode originar incómodos físicos, emocionais ou mentais. Para restabelecer o fluxo ideal de energia, o acupunctor estimula ou dispersa a energia nos pontos necessários, compensando o desequilíbrio causado.

Outras Técnicas
                - Aplicação de ventosas: Colocação de pequenos copos de vidro, metal, madeira ou bambu, de diversos tamanhos, nos acupontos. O efeito de vácuo que acarretam faz o sangue e a energia fluírem à zona de intervenção;
                - Electro-Acupunctura: consiste em utilizar uma corrente eléctrica para estimular os pontos de acupunctura, através de agulhas usadas como eléctrodos, ou com um aparelho específico, que emite uma ligeira descarga eléctrica, adaptada ao tratamento pretendido.
                 - Terapia de laser: indicada para crianças e pessoas com receio das agulhas, usa uma caneta laser, que emite um feixe de luz. Este é aplicado em determinados acupontos, ou ao longo dos meridianos, estimulando assim o fluxo energético.

A acupunctura é umas das disciplinas da MTC e trata-se de uma técnica medicinal que consiste na aplicação de agulhas, em aço inoxidável e descartáveis, em pontos específicos do corpo. Estes foram reconhecidos com efectivos no tratamento de perturbações concretas, com o fim de melhorar o estado de saúde.
O objectivo é permitir que a energia flua para áreas onde é deficiente e para o exterior daquelas em que se encontra em excesso, para regular e restabelecer o equilíbrio energético harmonioso do corpo. Para tal, o acupunctor vai estimular ou dispersar a energia nos pontos necessários, para compensar o desequilíbrio causado.
O diagnóstico e o respectivo tratamento são estabelecidos a partir de uma consulta inicial, na qual o especialista vai questionar o paciente sobre a sua história clínica, os sintomas actuais, os padrões de descanso, os hábitos alimentares, o funcionamento intestinal e urinário, entre outros. A língua e os olhos também são analisados. A acção da massagem energética (tui na), tal como a da acupunctura, exerce-se sobre os canais da circulação da energia do corpo (meridianos), os quais se encontram internamente ligados aos órgãos, cujo estado pode ser alterado por esta via.
No contexto da medicina ocidental, a acupunctura tem demonstrado ser benéfica para todos os tipos de dores, da artrite às dores nas costas e lesões desportivas, depressão, stress, fadiga, problemas digestivos e circulatórios, problemas ginecológicos, sexuais, asmas, sinusite, distúrbios do sono, obesidade, anorexia, celulite. Pode ser praticada a pessoas de todas as idades e durante a gravidez. As agulhas, em aço inoxidável, são descartáveis, pelo que a sua aplicação é segura.
Acredita-se que terá sido descoberta por um guerreiro chinês. Este reparou na relação entre os ferimentos causados por uma flecha, que o atingiu durante uma batalha, e o complemento alívio das dores em relação a vários males crónicos que o afligiam. Trazida para o Ocidente por imigrantes chineses, em meados do século XIX, foi pouco publicitada fora das comunidades chinesas até 1970, quando um jornalista americano, James Reston, numa viagem à China, experimentou alívio para as dores no pós-operatório de uma cirurgia de emergência, no qual foi utilizada a acupunctura. Quando escreveu sobre a sua experiência na Imprensa americana, chamou a atenção da população e, desde então, esta terapia tem sido amplamente difundida, vendo mesmo o seu valor ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde.

s.a, Colecção “Medicinas Alternativas e Métodos Naturais”, Editora Euro Impala, s.d, Sintra

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