A Natureza tem sido fonte de recursos medicinais por milhares de anos e um grande número de compostos medicinais têm sido retirados das plantas. As plantas produzem uma variedade de moléculas bioactivas sendo assim uma fonte importante na cura, as plantas superiores continuam a ser utilizadas na manutenção da saúde na maioria das comunidades, mesmo com o advento da moderna medicina.
Farombi, 2003

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Fitoterapia

O que é?


A fitoterapia é um método terapêutico que utiliza as plantas, mais exactamente, a parte activa das plantas. A sua origem é conhecida desde tempos remotos. A arqueologia trouxe à luz recentemente textos escritos há mais de 4000 anos, descrevendo as propriedades das plantas medicinais. Como terapêutica empírica tradicional, as plantas foram durante muito tempo o único tratamento posto pela natureza ao serviço do homem. Este método terapêutico é ainda muito utilizado na China. No Ocidente o uso das plantas caiu em desuso, no entanto, nos últimos tempos volta-se a verificar um crescente interesse nestes medicamentos. Isto deve-se aos avanços que se verificaram  na sua obtenção e modo de utilização, sendo estes cada vez mais científicos e menos empíricos.
Os medicamentos "clássicos" e "químicos", são frequentemente colocados em oposição à fitoterapia. Existe, contudo, lugar para cada um deles no arsenal terapêutico que dispomos hoje em dia. Se, por um lado, É verdade que a farmácia "clássica" ocupou durante quase um século um lugar de destaque, com os excelentes resultados que ela permitiu obter em numerosos domínios, por outro,  ela foi, pouco a pouco, deixando aparecer efeitos secundários indesejáveis, por vezes mesmo nefastos, que incitam hoje em dia    à prudência. Eis porque, poderemos falar actualmente de dois tipos de medicamentos. Os medicamentos "de doença" cuja acção rápida e poderosa ajuda a curar uma forte afecção momentânea e os medicamentos "de saúde", resultantes da fitoterapia. O seu papel é propor tratamentos para manutenção da saúde, cuja acção mais suave ajudará a prevenir as doenças e a tratar os problemas crónicos, tais como, a artrose ou insónia, por exemplo. Assim, a fitoterapia age em profundidade, sem agredir o organismo e estimulando as defesas mais do que se substituir a elas. O resultado é uma acção eficaz, duradoura e sobretudo desprovida de efeitos secundários.
A eficácia dos medicamentos de fitoterapia assenta antes de mais na escolha das plantas que entram na sua composição e sobretudo em saber escolher com a maior  precisão qual a parte mais activa da planta. Na parte activa da planta encontram-se substâncias em quantidades muito baixas que conferem as propriedades terapêuticas. É necessário fazer a extracção destas substâncias e concentrá-las com vista a obter o efeito terapêutico desejado.

Cultura e recolha das Plantas Medicinais


Durante séculos, o Homem limitou-se a colher as plantas com uso medicinal no seu estado selvagem. Esta prática tornou-se impossível nos nossos dias por duas razões: as colheitas repetidas rapidamente esgotariam as espécies selvagens, a necessidade de obter variedades bem definidas por motivos  de eficácia e segurança não seria compatível com a tarefa que a Natureza delega ao acaso dos crescimentos e das mutações. Tornou-se assim, necessário proceder à cultura das plantas medicinais. Esta cultura obedece a regras muito rigorosas:
Escolha precisa da espécie botânica mais rica em substâncias activas;
escolha criteriosa da região de cultura no que respeita ao solo e clima mais adaptados ao desenvolvimento óptimo de cada planta;
Selecção dentro de cada região, de terrenos isentos de poluição;
Necessidade de um perfeito controle das culturas, afim de garantir a ausência de elementos estranhos. Isto implica a formação de agricultores no que respeita às técnicas de cultura biológicas das plantas medicinais;
Necessidade do controle desde o estado de cultura. Uma vez efectuada a recolha, a conservação deverá ser adaptada a cada planta de modo a preservar a sua actividade, mediante a aplicação de normas bem definidas.
Por fim as plantas são analisadas segundo técnicas modernas:
Verificação do teor em substâncias activas;
Verificação da ausência de pesticidas.

As substâncias activas


As substâncias activas de uma planta medicinal são componentes naturalmente presentes nessa planta e que conferem a actividade terapêutica. Este componentes encontram-se frequentemente em quantidades muito baixas, representando uma percentagem mínima do seu peso total. Numerosos medicamentos contêm substâncias activas extraídas de plantas. A cumarina, que se encontra no Meliloto é um anti-coagulante presente em muitos medicamentos. Torna-se então necessário proceder a uma extracção que permita isolar a fracção activa da planta,  separando os seus elementos inactivos.

Os métodos de Extracção


Tradicionalmente as plantas consumiam-se sob a forma de infusões. A planta é posta em contacto com a água quente e as substâncias activas assim extraídas e dissolvidas são melhor assimiladas pelo organismo. São as velhinhas tisanas. Os Chineses preferem a decocção em que a plantas é mantida em água á ebulição.


 Actualmente a extracção faz-se por meio de um solvente adequado, nem sempre a água é o mais apropriado. A extracção da substância activa é feita por várias etapas que permitem obter um melhor rendimento.
O método inicia-se com a criotrituração. O processo consiste em pulverizar uma parte activa da planta seca, triturando-a  a frio sob azoto líquido, a exactamente -196ºC. Obtém-se, assim, um pó perfeitamente fino e homogéneo. o pó integral. O frio é utilizado porque os estudos mostram que, sob a  acção do calor libertado por uma trituração clássica, as vitaminas, as enzimas, as substâncias voláteis e numerosos princípios activos são deteriorados, o que não acontece com a criotrituração.
 Um pó integral assim obtido poderá ser posto directamente em cápsulas. O interesse decisivo do pó integral face às outras formas existentes, é de respeitar todos os princípios activos da planta, para os levar, intactos, ao organismo. É assim, toda a riqueza da planta que se encontra contida numa cápsula. Estes princípios activos, bem como todos os constituintes da planta, agirão em sinergia para assegurar uma total eficácia.
Noutras situações é necessário proceder à extracção dos componentes activos e somente no final se coloca o extracto em cápsulas. Assim poderemos dispor de um menor volume, que constituí a parte essencial do vegetal. Além disso, libertadas do suporte vegetal as substâncias activas são melhor absorvidas pelo organismo.
http://farmaceutico.com.sapo.pt/fitoterapia.html#Cultura


Comentário Pessoal
Neste site estava muita informação relacionada com a Fitoterapia, área essa da Medicina Alternativa que está muito ligada com a própria Medicina Tradicional. Aqui pode se encontrar explicado o que se trata por Fitoterapia, como é utilizada, algumas vantagens deste método, entre outras coisas, que nos pode ser útil para o projecto e realização do livro que pretendemos fazer.

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